Blog do Gustavo

Como mudar o mundo – parte 3

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E agora, como prometido na parte 2, vou falar sobre como o Descobrindo o Sonho Jovem (DSJ) funcionou na prática e quais são os próximos passos.

Tivemos a ideia inicial em agosto de 2013. Nosso objetivo era que os jovens ficassem inspirados e desenvolvessem autoconhecimento para descobrirem um sonho. Mas como fizemos isso?

Primeiramente decidimos fazer encontros semanais com jovens das nossas antigas escolas. Depois, João e eu fomos procurar diversas fontes para criarmos nossas atividades, passamos algumas horas discutindo e, ao final, conseguimos o seguinte:

1. Para inspiração:

– Contamos histórias de gente inspiradora; muitas delas foram de gente das nossas comunidades, como a do Ferréz (morador do Capão Redondo e escritor  que retrata conflitos internos e externos de pessoas comuns) e do Gustavo Fuga (criador da 4you2, uma escola de inglês com preços acessíveis aos moradores da periferia e que traz professores de todo o mundo).

– Criamos o CBL (Compartilhando Bagulhos Legais), com a intenção de que todos os alunos levassem qualquer coisa legal que vissem. Desde shows e exposições de arte até aulas online, oportunidades de bolsas de estudo e histórias de pessoas que admiravam.

Precisávamos inspirar para criar aquela vontade de sonhar.

2. Autoconhecimento

– Buscamos diferentes fontes para dar base às nossas atividades para desenvolver autoconhecimento. Ao final, nos fundamentamos sobre o material: do Instituto Asas, do Jovem Profissional e da OPEE (Orientação Profissional, Empregabilidade e Empreendedorismo). Apesar de alguns nome sugerirem que trabalhássemos com orientação profissional, o foco não era esse. É que todo esse material tratava muito bem de autoconhecimento.

– Elaboramos atividades sobre passado, presente e futuro. Foram 8 ao todo. Nos dias dos workshops, os alunos preenchiam  essas atividades e apresentavam suas respostas, discutiam e faziam propostas. As perguntas envolviam reflexão, como ''o que gostava de fazer quando era pequeno?'', ''quais são meus pontos fortes?'' e ''o que tenho para oferecer à sociedade?''. As discussões eram muito importantes pela troca de ideias, experiências e melhor descoberta de si mesmo.

– Discutimos sobre os 6 tipos de personalidade propostas por John Holland, que são: Realista, Investigativo, Artístico, Social, Empreendedor e Convencional, todos com suas características específicas. A ideia não era separá-los em caixinhas, até porque uma pessoa pode se identificar com mais de um tipo ou até com todos. Nossa intenção era ajudar os jovens a enxergarem melhor certos comportamentos e características que pudessem orientá-los sobre como seu potencial pode ser melhor aplicado.

O autoconhecimento é essencial para saber quem somos e onde queremos chegar.

Basicamente, era isso!

A gente trabalhou nas duas escolas públicas de onde viemos antes de entrar no Ismart, às quartas-feiras na E.E. Domingos Mignoni (em Taboão da Serra) e aos sábados na E.E. Miguel Munhoz Filho (no Capão). Começamos em Setembro e fomos até o comecinho de Dezembro. No total, foram 11 workshops em cada escola. O projeto envolveu muita dedicação, muitas horas de discussão, momentos incríveis, risadas, fases não muito boas, mas todos os momentos foram de experiências inesquecíveis e de muito aprendizado! Tivemos a sorte de poder contar com jovens de bom coração, que nos receberam bem e souberam lidar com diversas situações; e claro, também contamos com o apoio de muita gente (professores e coordenadores das escolas e do Ismart; considerações especiais a Carlos Lordelo, da comunicação do Ismart, que dedicou seu tempo para participar de alguns de nossos workshops e que deu sugestões a partir das quais pudemos melhorar muito o projeto).

Mas 2013 foi apenas o ano da primeira edição do DSJ. Agora, em maio de 2014, continuamos vivendo experiências intensas! Desde o começo do ano, fizemos reuniões, conversamos com muita gente e passamos horas replanejando nosso conteúdo e nossas atividades. O projeto está longe do que seria perfeito, longe de concretizar o potencial que tem. Há muito o que melhorar, e estamos trabalhando para tornar real o nosso sonho, que é o de ver mais jovens sonhando grande e mudando suas realidades. Tudo isso virá em breve! Estamos em nosso caminho para mudar o mundo.

Então, o que fica para ao final dessas 3 partes?

– Tudo começou com uma reunião em um sábado comum (parte 1). Vale a pena arriscar!

–  Acredite em seu sonho, e sonhe grande, porque você tem potencial para fazer ele virar realidade!

– Conte com pessoas incríveis e que estão dispostas a te ajudar. Nada dessa história foi feito individualmente.

– Você pode mudar o mundo!

Espero que tenham gostado!

Até o próximo post!