Blog do Gustavo

Virada Empreendedora

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Nos dias 26 e 27 de abril, participei da Virada Empreendedora com meu amigo e sócio João Araújo. Posso dizer, com certeza, que tive um dos finais de semanas mais loucos e inspiradores da minha vida. O evento oferecia palestras e atividades para empreendedores, além de reunir gente proativa e disposta a fazer coisas grandes. O que moleques de 16 anos estavam fazendo ali? De onde veio disposição para passar incansáveis 22h ouvindo sobre empreendedorismo? Vejamos o que aconteceu lá!

(Acho interessante abrir um parêntese para explicar o que é empreendedorismo. Trata-se de um conceito difícil de definir, mas o empreendedor pode ser entendido como aquele que desenvolve ideias e projetos e os faz crescer. Não precisa ser o dono de um negócio! O coordenador de um setor de empresa, por exemplo, passa a empreender quando dá espaço a estratégias e propostas inovadoras para gerar melhoria.)

O evento aconteceu na Fundação Getúlio Vargas (FGV) durante o dia. Na madrugada, nossos abrigos foram a FIESP e a Escola São Paulo.

As 22h que passamos na Virada se distribuíram assim:

14h – 22h: Assistimos a palestras sobre vários temas, entre eles: branding (a arte de criar uma marca para o seu produto/negócio), administração de tempo e de recursos, plano de negócios e projetos inovadores de sucesso. Conhecemos uma série de ferramentas e termos que nos ajudarão muito a desenvolver o nosso projeto, o DSJ. Além de tudo, conhecemos pessoas incríveis; pessoas que nos inspiraram e que podem contribuir para nossas ideias.

22h30 – 0h30:  a GV fechou. Fomos à FIESP para descobrir o que era o Hackathon, que aconteceria durante a madrugada. Encontramos, distribuídos em dezenas de mesas, grupos que discutiam o desenvolvimento de projetos para solução de problemas sociais. Desorientados, fomos buscar ajuda de um dos responsáveis e ele nos explicou que os grupos haviam se inscrito previamente para participarem da competição de criação de softwares lá, então não poderíamos participar. Mas ele gostou da nossa disposição para aprender, quis saber sobre o DSJ e nos apresentou para pessoas sensacionais.  Começamos, ali, parcerias que vão gerar resultados muito bons.

1h – 7h: andávamos pela Av. Paulista e procurávamos pela Escola São Paulo. Lá, participamos do final da sessão de filmes sobre empreendedorismo e da preparação para o Pitch Fight que ocorreria no dia seguinte.. Pitch é abreviação de speech. Essa ''competição de discursos'' envolvia a apresentação de ideias e projetos que competiam entre si para definir qual era o ''melhor''. A preparação deve ter acabado depois das 3h. João e eu tínhamos até às 7h para estruturar o DSJ segundo o modelo de negócios ideal para a competição e treinar nossas apresentações. A intensidade da experiência pode ser entendida por algumas palavras que o João escreveu sobre o que sentia nesse momento: '' Poucas vezes na vida eu me sentira tão bem, tão realizado como naquele momento, naquela madrugada de aceitação de desafios''.

virada

5h: após ter ideias e insights às 4h, uma soneca de 30 min.

7h – 12h: houve algumas palestras antes do Pitch Fight. Enfim, chegada a hora, nos deparamos com 31 competidores muito competentes, alguns eram professores de faculdade, todos com projetos bem estruturados. 1ª fase: tínhamos 20 segundos para apresentar nosso projeto. Dali, ficaram 8 candidatos para as quartas de final. Nos classificamos! Das quartas, passamos para a semi-final! Enfim, os 3 outros competidores tinham o dobro da nossa idade. Acabamos falhando e não passamos para a final. Mas não nos abalamos! A experiência foi incrível e aprendemos muito! Recebemos críticas e aprendemos várias lições, o que nos permite melhorar o DSJ! Recebemos muitos parabéns e fizemos mais contatos. Acho que, depois desse final de semana, comecei a entender melhor o significado de networking (''rede de contatos'').

Pitch Fight

12h: olhei para o João e disse ''A gente é louco!''. A satisfação que sentíamos depois daquela experiência era enorme. Nos despedimos e fomos para nossas casas após um final de semana incrível.

Para descrever a experiência de forma completa, seria necessário muito mais que um post de blog. Ela foi rica demais! Mas, enfim, durante a Virada, uma impressão me marcou especialmente e gostaria de registrá-la. Eram 1500 participantes do evento. Muitos deles lutavam para fazer coisas grandes; eram empreendedores no projeto de construir um mundo melhor. Fiquei otimista. Tenho certeza de que algo está acontecendo no Brasil. Desde São Paulo, passando por Alagoas, indo ao Rio Grande do Norte,  em todos os lugares, podemos encontrar esses empreendedores. Definitivamente, caminhamos para a mudança!

Respondendo as perguntas iniciais: 1. nós, os ''moleques de 16 anos'', estávamos lá porque fazemos parte desse processo de mudança; 2. a disposição para ficar no evento por 22h veio da inspiração criada por pessoas que sonham grande.

Por fim, fica a provocação: e você, vai querer participar dessas mudanças ou vai ficar parado?

Até o próximo post!