Reflexões de um aprovado no MIT
gustavotorres
Há 5 anos, eu ouvia pela primeira vez a história de alguém que tinha sido aprovado em uma faculdade americana. Era um cara chamado Marco Antônio, que já tinha ganhado dezenas de olimpíadas científicas e criado um projeto social para ensinar matemática e que acabara de ser aceito pelo MIT, uma das melhores faculdades de tecnologia do mundo. Fiquei impressionado, porque aquilo tudo era surreal para mim. Com aquele sentimento de “Sou um nada”, decidi que começaria a dar passos em direção a “Ser tudo”.
Passados 5 anos, o esperado Dia do Pi chegou para mim. No dia 14 de março, às 10h26, estava marcado para sair o resultado do MIT. Atrasou 50 longos minutos, mas saiu e descobri que fui aprovado. Comemorei muito, pensando em como a ajuda de muitas pessoas me fez crescer nos últimos anos, e decidi que buscar o que parece surreal deixa a vida mais interessante. Eventualmente, o surreal pode acabar se tornando possível.
Depois de alguns minutos de comemoração, percebi, principalmente, que eu não estava nem perto de “Ser tudo”. No meio desses 5 anos, encontrei muita gente incrível, que faz a diferença e que constrói valor para a sociedade. Comecei a entender o potencial que possuo para fazer o mesmo e o quanto aproveito pouco esse potencial. Tenho muita coisa para fazer pela frente e, passar numa boa faculdade, é um passo que vai me ajudar a chegar lá. É uma conquista a ser comemorada, porque me esforcei muito para alcançá-la, mas está longe de ser o ponto final ou o objetivo principal.
Sigamos, porque temos muito o que construir!