Blog do Gustavo

Arquivo : dezembro 2014

Aprovado em Stanford! Mas e os bastidores?
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gustavotorres

Os resultados saíram sexta-feira à noite: fui admitido em Stanford University.

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Não teve genialidade alguma aí nessa conquista. Teve muito suor e todo um time e uma torcida trabalhando para alcançar esse objetivo. Quem acompanhou os textos passados sabe disso, mas segue aí um resumão do que foi essa jornada de application para as faculdades americanas.

Alguns pilares avaliados na seleção de candidatos para os colleges:

Redações para entender o perfil e as histórias do candidato, nível de inglês, testes padronizados, cartas de recomendação e notas na escola

1. Começo do processo: entre dezembro de 2013 e fevereiro de 2014, procurei por instituições que apoiavam estudantes que sonhavam em estudar fora. Participei do processo de seleção do Oportunidades Acadêmicas (programa do EducationUSA, instituição do Departamento de Estado Americano) e do Prep Scholars (da Fundação Estudar). Eu precisava desse apoio para arcar com os custos e conseguir orientação envolvido durante o application.

2. Preparação para exames padronizados: há três provas principais que candidatos a estudar fora geralmente devem fazer. Uma delas é o TOEFL, feito por alunos internacionais para certificar seu nível de inglês. As outras duas são o SAT e o ACT, dentre as quais geralmente se opta por fazer uma delas para mostrar para a faculdade seu conhecimento acadêmico (alunos americanos também fazem essa prova). Foram pilhas folhas e várias horas sem dormir para ir bem nessas provas

3. Cartas de recomendação: essa foi a hora de procurar aqueles que me conheciam melhor. Geralmente as faculdades pedem 2 cartas de recomendação de professores e uma de coordenador, e permitem que se envie uma carta de um amigo. Precisava de pessoas que mostrassem quem eu sou por uma perspectiva única. Mandei a de três professores e do meu sócio. Como deu certo, acredito que eles escreveram cartas incríveis!

4. Escrever redações: é uma das principais partes do processo; a única em que o candidato realmente pode expressar sua voz e contar um pouco de sua história. Para Stanford, escrevi redações com o tema: “conte sobre sua história e diga-nos de onde veio”, “o que importa para você e por quê?”, “descreva uma experiência que foi importante para seu desenvolvimento intelectual” e “imagine que você tem que escrever uma carta para seu futuro companheiro de quarto; conte nela tudo que achar essencial sobre você”. Como há pessoas incríveis do mundo todo aplicando para as faculdades americanas, é necessário ser único nessas chamadas essays. Elas foram difíceis, exigiram uma reflexão longa e precisei da ajuda de mentores para ter certeza de que elas estavam bem escritas. Aí foram mais algumas horas de madruga para as escrever, mas valeu a pena.

5. Uma infinidade de documentos e formulários: são vários formulários que as faculdades exigem informações do tipo “quais as premiações acadêmicas que você já recebeu?”, “quais as atividades extracurriculares de que já participou” e seu contexto escolar. Além disso, existe a burocracia da tradução de cartas de recomendação, boletins e impostos de renda. O EducationUSA me deu uma ajuda importantíssima com isso tudo e permitiu que eu dedicasse a maior parte da minha atenção aos outros itens da lista.

Acho que essas informações dão uma ideia de que o processo de aplicação para as faculdades exigem muita dedicação. E, claro, a ajuda de muita gente. Um dos meus receios de não passar era decepcionar as muitas pessoas que me ajudaram e torceram por mim nesse processo. Enfim, todo o esforço valeu! Deu certo!

Para quem, assim como eu, sonha em estudar fora e precisa de apoio financeiro e de orientação para isso, as inscrições para o Oportunidades Acadêmicas abriram. O apoio deles foi essencial para que eu conseguisse, por isso, recomendo fortemente aplicar! Para os que tem renda, o EducationUSA presta o mesmo serviço do Oportunidades Acadêmicas com a diferença de ser pago.

Agora, fico esperando o resultado das outras 10 universidades para as quais estou aplicando, que saem em março. Só aí tomarei a decisão sobre onde estarei nos próximos 4 anos. Vamos ver!

Qualquer dúvida, podem mandar aí nos comentários!

#Stay_Strong


Sonho, mas me dedico?
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gustavotorres

Sete livros (uns mais grossos, outros menos),  pilhas de folhas de simulados de provas e cadernos inteiros preenchidos com rascunhos de redação. Esse foi o saldo dos dois meses em que mais me dediquei até hoje. Enquanto organizava essa bagunça, percebi o esforço que direcionei ao meu sonho de estudar fora e experimentei uma sensação boa de conquista.

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Várias vezes me encontrei pensando “Nossa, gostaria muito de X“. Em mais de uma delas não elaborei estratégia alguma para alcançar a tal coisa X.  Sempre tive sonhos, mas nem sempre tive a disciplina necessária para alcançá-los. Não foi o que ocorreu com o sonho de estudar fora. Era começo de setembro quando percebi que eu teria que me dedicar muito para passar em boas faculdades americanas. Tinha pouco mais de um mês para me preparar para o SAT, escrever redações memoráveis sobre mim e manter boas notas nas provas da escola. Num fim de domingo, escrevi meu objetivo em post-its e colei do lad0 da cama.

Foram vários os dias em que dormi às 3h da manhã e acordei às 5h, fosse em cima da pilha de livros, fosse em sessões de Skype com mentores cujo fuso horário me privava do sono. Claro que meus pais falavam que aquilo ia me fazer mal, meus amigos me diziam que eu era louco e meus professores chamavam minha atenção quando eu dormia em algumas aulas, mas eu tinha um objetivo claro e sabia que estava no caminho certo.

Por enquanto, tudo tem dado certo. Fui bem em provas e fiquei feliz com as redações que escrevi. Entretanto, meu primeiro resultado de verdade ainda está por vir: Stanford divulga quem foi aprovado dia 15. Estou bem inseguro sobre se vou passar ou não, mas sei que tenho feito o máximo para alcançar o objetivo. Se tudo der errado, lógico que vou ficar triste, mas vou poder dizer que não foi por falta de dedicação. As pilhas de livros e as horas não dormidas falam pelo esforço.

Além disso, vou manter a certeza de que cresci muito com o processo. Ganhei disciplina, desenvolvi mais autoconhecimento e, principalmente, conheci pessoas incríveis que mudam suas vidas e suas comunidades. Falarei mais sobre isso no próximo post.

A mensagem que queria deixar aqui é a da importância de se dedicar para os seus objetivos. Não adianta só querer algo, tem que fazer por merecer. Assim como frequentemente se diz que a felicidade não está no fim, mas sim no caminho, sonhos também podem ser vistos assim. A realização pode vir da dedicação para alcançá-los, não necessariamente do momento em que os alcançamos.

Sempre tive sonhos, mas nem sempre tive a disciplina necessária para alcançá-los.

Espero que 2015 venha não só com sonhos, mas também com muita estratégia, disciplina e dedicação para todos!


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