Blog do Gustavo

Arquivo : agosto 2014

O medo de quem quer mudar o mundo
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gustavotorres

Você com uma ideia, trabalhando naquilo que acredita, fazendo acontecer, satisfeito, empolgado, feliz, tentando mudar o mundo… Daí vem um balde de água fria. Bem típico, né?

É o que tem acontecido comigo ultimamente. O DSJ (Descobrindo o Sonho Jovem, projeto social que criei com meu amigo) deu alguns passos importantes nas últimas semanas. Conseguimos espaço para realizá-lo, criamos um site, produzimos vídeo de divulgação, conhecemos pessoas que estão nos ajudando, enfim, foram muitas coisas boas para o desenvolvimento do projeto! Tudo demandou tempo e energia, mas nem chegou perto de dar tanto trabalho quanto nosso passo mais recente: a divulgação.

Dedicação!

Decidimos divulgar o projeto no começo dessa semana (18 e 19) e, já que passaríamos em várias escolas, teríamos que faltar em nosso colégio. Como ele é integral, perderíamos muitas aulas importantes e isso é especialmente arriscado para quem está em ano de vestibular. Mas estávamos dispostos a arriscar. Quando falei aos meus pais que faltaria na escola, suas falas giraram em torno de “Tem certeza do que está fazendo?”, “Acha que vale a pena?”, “Você tem que pensar em você antes de querer ajudar os outros” e coisas do tipo. Tudo isso desanima muito, porque pais sempre exercem grande influência sobre o modo como agimos e pensamos. No dia seguinte, quando encontrei meu amigo para passarmos nas escolas, descobri que seus pais o questionaram da mesma forma.

"Será que vale a pena?"

“Será que vale a pena?”

O maior medo de quem quer mudar o mundo é ter que fazer diferente. Isso já não é fácil; quando até seus pais se mostram contrários aos seus planos, a situação fica ainda mais complicada.

Fiquei com esses pensamentos sobre a insegurança de seguir um caminho diferente na cabeça e acabei ligando-os a um tema aparentemente bem distante.

Nas aulas de redação dessa semana, tínhamos que apresentar temas relacionados às mulheres na sociedade atual. Um dos grupos falou de como elas são tratadas no Afeganistão, onde o sexo feminino é inferiorizado, o que permite seu abuso, estupro, espancamento e submissão. A citação de uma ativista afegã me chamou a atenção: “Não sou um brinquedo. Sou um ser humano e não devo ser tratada como animal”. Isso não te parece óbvio? É claro que a mulher é um ser humano, não um brinquedo! Entretanto, no contexto em que ela estava, sua fala era quase uma revolução e sofria muitas críticas dos que viviam ali; o que ela dizia ia contra todos os valores que sustentavam o absurdo daquela sociedade.

Percebi que talvez nossa situação seja a mesma. Estamos acostumados a um padrão, a ir para a escola, a seguir essa rotina, a não buscar coisas diferentes. E se, na verdade, tudo isso for absurdo? E se devêssemos utilizar nossos conhecimentos para ajudar os outros ao invés de fazer provas? Comecei a perceber que faltar na escola para se dedicar a um propósito pode ser o que realmente importa. Parei também para pensar no que vivi em dois dias de divulgação, no quanto aprendi sobre marketing, nas pessoas incríveis que conheci no processo, na diferença que podemos fazer na vida de muitos jovens e na nossa comunidade… Sei lá, tenho a impressão de que vale a pena faltar na escola por tudo isso.

Daqui a 10 anos, espero ouvir minha mãe falando “Pois é, filho… Aquelas loucuras que você fazia quando era moleque deram certo no final”. Espero, esperamos… Sigamos!

Sigamos, porque o medo não pode abalar!

Sigamos, porque o medo não pode abalar!


3 coisas que aprendi durante a Jornada da Inovação
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gustavotorres

Durante algumas semanas, fiz uma “cobertura exclusiva” da Jornada da Inovação. Foram vários posts contando quais foram as atividades, o que desenvolvíamos, como desenvolvíamos e o que aprendíamos lá. Sabe, não era exatamente fácil para eu participar; os encontros geralmente aconteciam das 19h às 23h, bem longe de onde moro; eu tinha que dormir na casa de um amigo, porque não tinha ônibus para minha casa nesse horário. Isso significa que devia ter alguma coisa bem legal nesses encontros, que faziam toda essa correria valer a pena. Gostaria de compartilhar o que teve tanto impacto em mim durante essa Jornada!

1) Design Thinking: aprendi uma nova maneira de criar, que reúne pessoas, uma quantidade absurda de ideias e muitos testes. Um dos projetos em que pretendo aplicar esse novo conhecimento é o Descobrindo o Sonho Jovem, projeto social que desenvolvo com meu amigo. Os jovens vão poder desenvolver suas propostas e transformá-las em projetos concretos a partir do Design Thinking! Há uma infinidade de oportunidades para aplicarmos esse conceito!

2) Economia do Compartilhamento: essa é uma nova maneira de trabalhar, que achei simples e genial! Imagine todos se ajudando como podem, contribuindo com o que têm e o que sabem. É disso que se trata a Economia do Compartilhamento. Além de poupar muito tempo e dinheiro, ela conecta pessoas. Um exemplo prático dessa proposta é o Waze, “um dos maiores aplicativos de trânsito e navegação do mundo baseado em uma comunidade”. Cada usuário contribui com o que sabe do trânsito local; unindo as informações, o aplicativo recomenda o trajeto com menos trânsito para você chegar a algum lugar. A Jornada da Inovação também foi estruturada sobre esse fundamento: cada participante contribuía da forma que podia; alguns com dinheiro, outros com lanche para os coffee breaks, uns tirando fotos para divulgação e outros compartilhando em blogs! A Economia do Compartilhamento te ensina a doar e receber, trabalhando com pessoas cujos propósitos se encontram com os seus.

Conectar e inovar

4) Gente diferente também consegue se entender: a Jornada reúne pessoas de todas as idades, com diferentes backgrounds e histórias de vida diversas. Com isso, nossos trabalhos e dinâmicas levantavam pontos de vista completamente diferentes, que nos permitiam enxergar tudo de forma bem ampla e que acabavam resultando em reflexões e projetos bem consistentes. Esse contatos permanecem: muita gente que conheci lá tem me indicado para grandes oportunidades e me ajudado em muitos planos!

O objetivo da Jornada é empoderar seus participantes, de modo que eles entendam o potencial que possuem para inovar. Não tenho dúvidas de que saí do processo empoderado e vejo um mundo de possibilidades para fazer meus sonhos ajudarem a sociedade de forma única. Por causa desse impacto que a Jornada teve sobre mim, recomendo as próximas edições para todos! Garanto que vai ampliar sua percepção sobre o mundo!

empodere-se

No Empodere-se (http://empoderese.com/site/) tem vários outros cursos como a Jornada da Inovação!

Para informações, dúvidas e pedidos, falar com Gabriel Coelho (gabriel@empoderese.com).

#Partiu_inovar!


Por que estudar nos EUA?
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gustavotorres

Agosto! Estamos chegando perto de vestibulares e applications!

Nessas épocas importantes e tensas da vida, paro para refletir nos motivos de fazer o que estou fazendo. Queria aproveitar esse post para compartilhar os porquês de estudar fora. Para muitos alunos, as razões são semelhantes, então fiz uma lista com as principais ou com as quais mais me identifico. Os itens estão aproximadamente na ordem do mais para o menos comum na lista de respostas à pergunta “Por que estudar nos EUA?”

Por que estudar nos EUA? (Não, não é apenas porque o lugar é lindo)

1) Currículo mais flexível:  nos EUA, você não é aprovado em um curso da faculdade, mas em toda a faculdade. Assim, ao ingressar, você tem acesso a uma fase de experimentação, para conhecer melhor suas opções de curso e fazer uma escolha mais consciente. Dos 4 anos de faculdade, 2 costumam ser mais abrangentes e 2 de especialização na área de interesse. Há, também, muitas oportunidades para fazer cursos menores (minors) que não precisam ter nada a ver com seu campo principal (major). Você pode cursar engenharia e ter aulas de literatura oriental, por exemplo.

2) Contato com culturas diferentes: as faculdades norte-americanas reúnem pessoas de todos os continentes e essa diversidade atrai muita gente. Isso promove tanto um melhor entendimento de mundo e de suas diferenças como uma maior identificação com sua própria cultura.

3) Excelência acadêmica: muitos dos professores são referências mundiais nos assuntos sobre os quais dão aulas; alguns são até prêmios Nobel, Pulitzer (tipo um Nobel de jornalismo, literatura e música) e similares. Essas faculdades também formam grandes líderes em diversas áreas: de política, de pesquisa, de empreendedorismo e a lista segue.

4) Entrada num ambiente novo, saída da zona de conforto (principal razão para mim): acredito que nos desenvolvemos quando estamos num ambiente novo, onde temos que nos adaptar a mudanças o tempo todo, superar desafios a cada segundo. Sair do país para morar longe da família e dos conhecidos, falando uma língua nova, formando novas relações, vivendo uma vida inédita, esse é o tipo de experiência que apresenta um outro mundo e nos faz crescer muito.

Há um mudo para explorar, saia da zona de conforto!

5) Experiências diferenciadas e práticas: os colleges oferecem muitas oportunidades de intercâmbio, pesquisa, formação de empresas e estágio, por exemplo, além de ter muitos clubes (como de debates e de teatro), que permitem um envolvimento em muitas atividades incríveis! Elas enriquecem, divertem, envolvem, desafiam, fazem crescer, promovem a solução de problemas, enfim, são sensacionais.

6) Pessoas que nos influenciam positivamente: isso está relacionado ao item 2, mas tem um outro propósito. Acredito que temos muito o que aprender com outras culturas, como foco, disciplina e espírito empreendedor e estudar do lado de pessoas com essas habilidades nos influencia a desenvolvê-las mais rapidamente.

7) Networking: as faculdades dos EUA reúnem pessoas incríveis, com muitas ideias e vontade de fazer acontecer. Conhecer essas pessoas e criar relações com elas acaba sendo uma forma de desenvolver contatos para futuros projetos e trabalhos. Portanto, cria-se uma rede de contatos com grande potencial.

Acho que isso dá uma noção do que nos motiva tanto a querer estudar lá fora. É um mundo novo, que queremos explorar e aproveitar ao máximo para realizar nossos sonhos, como o de melhorar o Brasil. Espero que tenha incentivado alguma curiosidade ou interesse!

‘Vamo que ‘vamo, porque o processo de aplicação está vindo!


Como desenvolver foco e concentração – Tabless Thursday
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gustavotorres

Você já sentiu falta de foco? Quase nunca, né?

Nesse mundo conectado, de infinitas informações a todo momento, é comum nos pegarmos abrindo aba após aba do nosso navegador. Começamos a escrever um texto, daí pensamos “tenho que pesquisar para saber mais sobre o assunto”; vamos ao Google, abrimos umas 3 abas para ter fontes diversas; de cada uma delas, abrimos umas 3 novas para checar termos que não conhecemos direito… Enfim, terminamos no Facebook vendo fotos da galera. Acho que não sou o único que passa por isso.

Abas, abas…

Acabamos sem fazer tudo o que queríamos e poderíamos ter feito se tivéssemos foco. Daí, surgiu a ideia do Tabless Thursday (Quinta-feira Sem Abas), que propõe que, pelo menos um dia por semana, tenhamos apenas uma aba aberta, ao invés de várias. Trabalhamos em uma atividade por vez. Assim, desenvolvemos foco na atividade do momento, sem procrastinação ou distração.

James Hamblin é o idealizador da ideia. Já pensou que louco, uma aba por vez?

Na verdade, as abas são uma metáfora para as atividades da vida. Temos sido influenciados a ser multitarefas, pessoas que fazem várias coisas ao mesmo tempo. Dizem que para meninas é mais fácil, e, pelo que comparo entre meus amigos e amigas, isso é verdade. Entretanto, pesquisas mostram que seu desempenho em atividades feitas simultaneamente cai muito em relação a quando você as faz com foco. Por isso, o Tabless Thursday treina sua mente para aumentar o rendimento em tarefas diárias.

Multitasking às vezes é meio opressor

É uma prática que tento incorporar cada vez mais em meu cotidiano, porque percebo que realmente dá resultados.

Contudo, acredito que um pouco de caos faz bem. Ser multitarefa (de vez em quando) ajuda no processo criativo; juntar tudo, como se tudo fosse um só, parece ser algo que promove a integração de ideias necessária para criatividade. Mas isso já é o que geralmente fazemos. Agora, precisamos trabalhar sobre nossa concentração!

Keep calm and stay tabless!


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