Blog do Gustavo

Sobre a importância de tudo que dá errado
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gustavotorres

Algumas semanas atrás,  conversei com um pessoal que não passou no processo de aplicação para bolsas em um intercâmbio de férias nos EUA. Em ''processo de aplicação'', é preciso entender que teve MUITO trabalho! Redações escritas e reescritas dezenas de vezes, vários formulários preenchidos, horas gastas para traduzir documentos, enfim, foi trabalhoso! Depois de tanto trabalho, qualquer um fica frustrado ao receber um ''não''.

Daí, eles me lembraram de coisas importantes…

Geralmente, quando conhecemos pessoas de sucesso, só conhecemos suas vitórias e conquistas. Esquecemos de tudo que deu errado e da quantidade de quedas das quais elas tiveram que se levantar até triunfarem.

Num dia, ouvi Sandra Betti (moça com currículo admirável: mestre pela PUC, MBA em Harvard, orientadora em grandes projetos, … Enfim, é alguém em quem podemos confiar) dizer que sucesso depende em 20% do QI (Quociente de Inteligência) e em 80% do QE (Quociente Emocional). Esse Quociente Emocional envolve o modo como coordenamos emoções e comportamentos. Superar insucessos e aprender com eles tem grande importância para o desenvolvimento do nosso QE.

A chave para o sucesso pode ser superar os insucessos.

Vamos a um exemplo.

Felipe Neto! Conhecido por seus vídeos no Youtube, ele é exemplo de pessoa que superou fracassos. Ele criou seu primeiro negócio de telemensagens aos 14 anos e logo sofreu sua primeira falência. Essa foi só a primeira queda. A maior da sua vida foi em torno de 2008, quando: 1. o site em que trabalhava há anos e pelo qual era apaixonado foi invadido por hackers e tirado do ar; 2. perdeu seus clientes por conta da crise econômica; 3. teve de sair da faculdade que amava porque não podia mais pagar; 4. roubaram R$28 mil que ele guardava havia anos; 5. terminou um namoro que tinha 3 anos. Não foi pouco! Ele ficou mal durante um tempo, até que decidiu se recompor e começou a gravar vídeos para postar no Youtube. Os primeiros receberam poucos acessos e muitas críticas. Mas a insistência valeu a pena quando as gravações começaram a ter popularidade e despontaram em sucesso com milhões e milhões de visualizações. Hoje, com o canal Parafernalha e por meio de parcerias com grandes empresas, Felipe Neto tenta revolucionar a mídia brasileira. Como? Oferecendo oportunidades para que pessoas criem conteúdo audiovisual de qualidade. (Para saber mais sobre a história de Felipe Neto, ler Jovens Falcões, livro de onde todas essas informações foram retiradas).

Acho que a história ilustra bem a importância de usar tudo o que dá errado como motivador para superação. Quando Eduardo Lyra (autor de Jovens Falcões) perguntou para o Felipe Neto o que derrotas produziam nele, o vlogger respondeu: ''Muito vigor e vontade de superar''. Esse é um diferencial, porque a maioria das pessoas se deixa abater.

Para Felipe Neto ter sucesso, precisou de muitas quedas.

Para concluir, deixo um pensamento. Acredito que temos potencial para conseguirmos o que quisermos. Quando não conseguimos, é porque não fomos capazes de concretizar esse potencial. E qual a solução óbvia? Trabalhar para corrigir isso! A solução é fazer o potencial virar realidade.

Espero que essas palavras sirvam de inspiração para a próxima vez que algo não der certo!

*Ah, sim, acho justo: 1. deixar o reconhecimento à garra da galera que aplicou para o intercâmbio; 2. dizer que ainda há chances de eles conseguirem ir; foi só um tipo de ''1ª chamada''!

Até o próximo post!


Pseudo-pegadinhas de uma terça comum
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Na terça-feira retrasada (21), recebi várias notícias boas. Como a ideia do blog é ser um diário de bordo, achei que seria legal compartilhá-las com algumas reflexões. Vamos a elas!

Cheguei da natação à noite, fui ao notebook para checar facebook e e-mails. Vi o seguinte:

1º: a fanpage do Ismart divulgou o meu blog, várias pessoas curtiram e comentaram, então deu uma boa divulgação. Ainda não temos tantos acessos, mas melhoraremos de pouco em pouco (: Fiquei bem feliz com esse apoio.

2º: recebi uma notícia que esperava havia pouco mais de uma semana. A nossa conhecida personagem, Carol (ler Conexão Capão – EUA e Como mudar o mundo – parte 1), recomendou que o João (meu amigo-sócio) e eu fôssemos à Virada Empreendedora. O evento envolvia palestras de empreendedores que tinham ideias e criavam negócios, gente com muita experiência e com quem poderíamos aprender muito. A Virada também oferecia atividades e desafios, além de um ambiente incrível para fazer contatos. Com tudo isso, ficamos super empolgados para participar! Entretanto, a inscrição custava R$100 e não podíamos pagar. Mas enviei e-mails para vários organizadores do evento, até que, naquela terça-feira, recebemos a resposta de que conseguimos 2 ingressos. Mal me aguentava de alegria! Deixo sinceros agradecimentos à equipe do Natheia e a Ana Fontes. (Mais sobre o evento em post futuro.)

Virada Empreendedora

3º: recebi a resposta do Personal Prep Scholars. Precisamos de algumas explicações aqui. Um dos meus sonhos é fazer graduação nos Estados Unidos. Entretanto, o processo de aplicação para as faculdades norte-americanas (colleges) apresenta algumas dificuldades porque diferencia-se muito do que temos no Brasil e exige altos gastos (algo em torno de R$3500). Por causa dessas dificuldades, existem programas que oferecem ajuda de orientação e de custos para aplicar para os colleges. Dentre esses programas, está o Prep, da Fundação Estudar (uma instituição incrível!). Depois de dias de dedicação ao processo seletivo do programa e meses de espera pela resposta, recebi o email de aprovação. A espera foi especialmente intensa depois que fiz a entrevista em inglês pelo telefone, na qual achei ir muito mal. Foram altas emoções e, ao final, ser aprovado me deixou bem contente.

Antes disso, também tinha recebido a aprovação no Oportunidades Acadêmicas, oferecido pelo Education USA, que tem ajudado diversos alunos a entrarem nas melhores universidades dos EUA. Estou conhecendo pessoas incríveis em ambos os programas!

Se estiver interessado em saber mais sobre o processo de aplicação para as universidades americanas, deixo duas recomendações: o site do Estudar Fora e a preparação online oferecida pelo Prep Course. É tudo de muita qualidade!

 

Minha reação depois de receber essas notícias foi de incredulidade. Pensei que fosse pegadinha… Enfim, não era!

Mas, depois de tudo, quais as lições que ficam?

1. A ajuda de outras pessoas é indispensável para divulgar um blog!

2. Precisamos arriscar! Às vezes, isso envolve ser cara de pau. O pior que pode acontecer é recebermos um ''não''.

3. Sempre tem alguém que apoiará seus sonhos! Precisamos buscar esse apoio!

Foi o que aprendi numa simples terça-feira…

 

Até o próximo post!


Como mudar o mundo – parte 2
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Para ler a parte 1, é só clicar aqui (:

Quando voltei do intercâmbio de férias em fins de julho, o pessoal do Tirando Sonhos do Papel fazia justiça ao nome do workshop: elaboravam propostas, criavam projetos, escreviam planos de ação, enfim, tiravam sonhos do papel.

Meu colega (João) e eu começamos a discutir algumas ideias… E chegamos ao seguinte:

1) Percebemos que alguns jovens tinham realizações incríveis; mudavam suas vidas e a realidade ao seu redor. Histórias diversas (nossas e de muitos outros) nos convenciam de que o jovem tem um potencial ENORME (quem leu Jovens Falcões sabe do que estou falando).

O livro Jovens Falcões, do Eduardo Lyra, fala sobre histórias de brasileiros que ''do nada chegaram a tudo''; eles são prova do potencial de que falamos.

2) Eram poucos os jovens que concretizavam esse potencial. A maioria ficava na mesmice, sem fazer a diferença.

3) Concluímos que a concretização do potencial depende de inspiração e de autoconhecimento. A inspiração motiva a sonhar, a tentar e a fazer, porque ela mostra que é possível. O autoconhecimento, por sua vez, permite descobrir um sonho. Quando o jovem entende que tem potencial e sabe em que pretende usar esse potencial… As coisas acontecem!

4) Criaríamos a oportunidade para que todo jovem pudesse sonhar.

dsj logo

Descobrindo o Sonho Jovem

Foi assim que surgiu o Descobrindo o Sonho Jovem (DSJ). Ainda é uma semente, mas essa ideia nasceu para ser grande!

Me lembrei de uma frase que vi ontem: ''Talento é universal, oportunidade não'' (Hilary Clinton). Por que não tornar a oportunidade unviversal também? É um sonho, mas sonhos devem ser realizados.

Na parte 3, veremos como o projeto funcionou na prática e quais serão os próximos passos. Isso ainda vai mudar o mundo!

Até o próximo post!


Como mudar o mundo – parte 1
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Fins de junho de 2013. Recebi uma recomendação da Carol. Mais uma! E, novamente, de uma simples recomendação, veio uma experiência que deixou muitas lições e criou muitas oportunidades. Vamos à história!

A Carol falou para um amigo e para mim sobre um workshop chamado Tirando Sonhos do Papel , promovido pela Ashoka. Mas o que era Ashoka? Que sonho que eu ia tirar do papel? E como eu ia fazer isso? Mesmo não sabendo a resposta dessas perguntas, senti que aquilo podia ser bom.

Entretanto, tinham ainda alguns desmotivadores: 1) a reunião ia acontecer no final de semana antes das provas bimestrais; por isso, achava que não devia me ''distrair'' com coisas tão alheias à escola; 2) ia acontecer num sábado, eu estaria com sono; e 3) era longe de casa. No sábado, enfim, decidi deixar as desculpas e ir. Coloquei a mochila nas costas e parti.

Sem desculpas!

Quando cheguei lá… encontrei vários loucos. Loucos porque queriam mudar as coisas; eles queriam mudar o mundo! O nome do setor da Ashoka que cuida desse workshop, aliás, é Geração MudaMundo (GMM). Todos sonhavam grande e não tinham vergonha disso; falavam de seus sonhos com paixão e com uma certeza enorme de que realizá-los era possível. A atmosfera era contagiante e logo me vi falando de como eu tinha vontade de contribuir, de alguma forma, para a sociedade, para o mundo. Sim, éramos todos loucos… Que outro tipo de pessoa acordaria de manhã para ir  a uma reunião sobre como realizar sonhos?

E você, também faz parte?

Não fui o único que se animou com o Tirando Sonhos do Papel. O meu amigo, João, não pôde ir no primeiro dia do workshop, mas foi em todos os outros . Ele diz (e eu vejo) que mudou muito depois de participar disso. Uma disposição a fazer as coisas acontecerem surgiu nele. Perdi vários dos workshops de julho, porque estava estava em intercâmbio de férias. Quando voltei, o pessoal estava em fase de criação de projetos. E, daí, nossa ideia nasceu…

Mas essa parte fica para o próximo post! O tema vai ser ''O surgimento do DSJ (Descobrindo o Sonho Jovem)''.

Por ora, queria compartilhar as primeiras lições que tive nessa experiência.

1ª: não deixe a preguiça te impedir de aproveitar oportunidades; o máximo que vai acontecer é não ser legal. Mas pode ser que algo tão simples quanto uma reunião em uma manhã sábado mude a sua vida. Vale tentar!

2ª: sonhe grande! Você não está sozinho nessa loucura.

E não deixe de dar uma olhada nos sites da Ashoka e da GMM! Várias oportunidades e histórias inspiradoras por lá!

Até o próximo post!


Idiota? Quem aqui é idiota?
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gustavotorres

Política, política… Tema legal, não? Hahaha.

Mas acho legal mesmo! O que deixa a política chata é associá-la apenas a Presidentes, Governadores, Senadores, Congressos e, principalmente, corrupção. Para a maioria das pessoas, política lembra coisas ruins e distantes de suas realidades. Só que essa é uma visão muito restrita da palavra!

humor

Qual é sua reação ao ouvir falar de política? A segunda, lógico, né?

Vamos expandir essa ideia.

A família é o primeiro ambiente político de que fazemos parte. Temos pessoas e essas pessoas têm diferentes vontades; isso é o principal!  Temos também recursos a serem administrados (computador, televisão, dinheiro e tal) e outras coisas que, por ora, não importam tanto. Para organizar esse ambiente, temos regras e (geralmente) direitos. A escola, o trabalho e a Igreja também são ambientes políticos. E cidades, estados e países também! Em resumo, eu diria que política tem a ver com as formas de organizar as pessoas e suas vontades. Repare que essa definição envolve muitos ambientes e vale para todos os nossos exemplos.

O livro que mudou minha cabeça sobre o tema foi Política para não ser idiota. O nome chama a atenção. Os autores começam pela discussão do que é ser idiota. Eles recuperam o termo da Grécia Antiga, que entendia como idiotes algo próximo de ''individualista'' ou ''cidadão privado''. Um idiotes  era, portanto, alguém que não se importava com a sociedade; que não se importava com a política. Daí, o livro se desenvolve como uma conversa entre os autores. Eles citam exemplos da política no nosso dia a dia, de como ela ficou chata, de como podemos deixar ela legal e várias outras ideias muito interessantes sobre o tema. Janine e Cortela escreveram um livro que abre nossas mentes para novos horizontes! E é bem tranquilo de ler! Vale a pena!

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''Pensar em política é pensar num mundo melhor''

Para os que estão se preparando para o vestibular, política foi tema da Fuvest de 2012.

Mas além de provas, política é importante para a vida mesmo. Se vivemos em sociedade, política está presente o tempo todo. Pensar em política é pensar numa sociedade e num mundo melhor.

 

Esse foi apenas um breve insight. Voltaremos nisso em breve!

Até o próximo post!


Conexão Capão-EUA
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No dia 22 de março, fui ao lançamento do Ismart Online, um projeto piloto que o Instituto Social para Motivar, Apoiar e Reconhecer Talentos criou para dar mais oportunidades a jovens de alto potencial.

Tinha uma garotada de 12 anos com seus pais, todos ansiosos para entender melhor o que estava sendo oferecido.

A coordenação pediu para eu dar um depoimento sobre protagonismo, ou a capacidade do jovem de escrever sua história. Escolhi uma experiência pela qual passei que ilustrava bem essa ideia e achei que seria legal compartilhá-la aqui. Contei mais ou menos a seguinte história:

“Sou do Capão Redondo. É uma região de São Paulo que serve como símbolo para as áreas de onde vem a maioria dos jovens que estão aqui nesta reunião hoje: um lugar humilde, muitas vezes associado à pobreza e à falta de oportunidades para 'ser alguém na vida'. Aprendi que essa parte da falta de oportunidade só é verdade para quem 'segue a onda'. Somos nós que criamos essas barreiras; e somente nós podemos derrubá-las.

Capão Redondo

Lá por fevereiro do ano passado, recebi um e-mail da minha analista, a Carol. Analistas são psicólogas que acompanham os alunos do Ismart ao longo de suas jornadas e acabam se tornando verdadeiras conselheiras. O e-mail falava de uma oportunidade de intercâmbio de férias em Yale, uma das 10 melhores universidades americanas. Dei uma olhada nas diretrizes do programa e achei que não dava para mim. Para concorrer à oportunidade, teria que escrever redações em inglês, apresentar fluência no idioma, preencher uma complexa papelada e enfrentar concorrência mundial. Tudo muito complicado e distante da minha realidade; eu era só mais um jovem do Capão.

Passou-se uma semana. Abri minha caixa de entrada e me deparei com o e-mail novamente. Num impulso, decidi que queria participar. Na verdade, decidi que IA participar.  Por que não? O Ismart me ofereceria todas as ferramentas, me dava uma estrutura de estudo excepcional. Daí, só dependia do meu empenho.

Falei com a Carol que estava interessado em participar e perguntei se a instituição poderia me ajudar com o custo que os aplicantes (concorrentes) ao intercâmbio deveriam pagar. A resposta foi positiva e ela me indicou para uma professora que estava preparando alunos do 3° ano para concorrer a uma bolsa em outro intercâmbio que também aconteceria em Yale. Acabei me interessando muito pela proposta desse segundo intercâmbio e decidi aplicar para ele. Acontece que o pessoal já trabalhava nas redações e na papelada havia dois ou três meses e eu tinha apenas duas semanas para fazer esse processo. Foi uma correria intensa e precisei de uma dedicação mais intensa ainda para completar tudo. Conciliar as atividades da escola de período integral com todo o processo de aplicação foi um grande desafio.

Em meados de abril, veio a resposta: deu certo. Dois colegas ismartanos e eu conseguimos bolsa completa para passar três semanas em uma das melhores universidades do mundo!

Em julho, lá estávamos nós, vivendo uma das experiências mais importantes das nossas vidas. Conexão do voo: Capão – EUA.

Yale University

A intenção dessa história não é me vangloriar de uma conquista. É apenas mostrar que é possível. Que temos o potencial de escrever nossas histórias. Claro que tive o apoio de muita gente: a equipe do Ismart, os professores, colegas e, claro, os meus pais foram essenciais para tudo dar certo. Entretanto, nossa história depende principalmente de como utilizamos as oportunidades e ferramentas que se apresentam à nossa frente. Tudo começou com aceitar o chamado de um e-mail.”

A ideia do Ismart Online é dar preparação e oportunidade para que jovens cresçam acadêmica e pessoalmente, além de oferecer mais uma chance de eles entrarem na instituição. Daí, a ferramenta. Potencial, eles têm de sobra. Basta ter empenho, e toda a realidade poderá ser mudada.

O mesmo vale para outros que não estão envolvidos no Ismart Online. Oportunidades aparecem. Potencial a gente traz desde sempre. Atitude é o ingrediente final para um mundo novo.

Até o próximo post!

 


Sobre tudo que pode ser, mas que nem imaginamos – o que é o Ismart?
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gustavotorres

Algumas coisas acontecem na vida e mudam nosso destino de uma forma que nunca poderíamos imaginar. Na verdade, muita coisa faz isso com a gente. O Ismart foi uma delas para mim.

Falo do Instituto Social para Motivar, Apoiar e Reconhecer Talentos.

Conheci essa ONG depois de ir bem na Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas, a Obmep (http://www.obmep.org.br/). Uma professora que nem me conhecia perguntou se eu queria participar de um processo seletivo que dava bolsas de estudo nas melhores escolas particulares de São Paulo (essa professora se tornaria uma grande amiga). Disse que topava, mas com aquele receio básico de ser muito bom para ser verdade.

Descobriria alguns dias depois que não era enrolação; era para valer.

Depois dos intensos meses do processo seletivo, fui aprovado no projeto. Comecei a estudar no Santo Américo, um colégio que tem uma estrutura dos sonhos para um aluno que passou a vida inteira em  escola pública (tinha até piscina!! hahaha). Professores, laboratórios, quadras poliesportivas, salas com projetores, armários para guardar o material, tudo perfeito! Deslumbramento e otimismo diante das oportunidades que se abrem são as primeiras impressões de todos os “ismartanos” (como nós, alunos do Ismart, nos conhecemos).

Daí começam a vir desafios. A exigência nas escolas particulares costuma ser bem maior que nas públicas. O ritmo de estudo, mais intenso. As provas, muito mais difíceis.  Os finais de semana, mais curtos… Nossa rotina muda completamente. Como exemplo, acordo às 5h todo dia e não costumo chegar em casa antes da 19h.  A adaptação é um processo difícil. Mas temos o apoio de muita gente: uma equipe de psicólogos do Ismart com quem sempre conversamos, pais e responsáveis que sempre nos apoiam, professores que dão muita força e uma rede de suporte entre os próprios alunos, que se ajudam e crescem juntos.

Em geral, essas são as primeiras fases por que passam todos os alunos que entram no projeto. Depois, a gente começa a entender melhor o que é o Ismart: como nos ajuda a crescer, as pessoas incríveis que participam dele, a diversidade de oportunidades que nos oferece… Mas tudo isso fica para os próximos posts.

Por ora, queria apenas dar uma ideia do que a instituição. Por quê? 1) Para divulgá-la, pois pode ser que o leitor se interesse e queira participar do processo seletivo, ou pode ser que indique a oportunidade para alguém; enfim, pode ser que muita coisa aconteça (coisas que “nunca poderíamos imaginar”, como disse no começo do texto). 2) Porque muito (muito mesmo) do que vou falar no blog vai ter a ver com a instituição, então precisava explicar o básico dela.

Daí o acaso nos permite traçar novos caminhos, novas possibilides, o inimaginável

E, por último, mas não menos importante, para abrir horizontes do leitor: pode ser que você seja um aluno de escola pública e tenha percebido que todo um mundo novo te aguarda; pode ser que você seja um aluno de escola particular e, ao descobrir que tudo a que você está acostumado é mágico para alguém, pode te fazer dar mais valor para essa oportunidade; pode ser que você tenha um ponto de vista sobre as desigualdades do país, mas também precisa conhecer  as chances que encontramos para melhorar esse problema; e também pode ser muito mais, muito mais do que “nunca poderíamos imaginar”.

Mais informações sobre o Ismart em www.ismart.org.br

Abraços e até o próximo post!


Prepare-se para o vestibular!
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UOL Interação

Diário de bordo do ano de preparação do vestibulando Gustavo, que pretende cursar graduação no exterior.

Gustavo Torres da Silva é cofundador do Descobrindo o Sonho Jovem (DSJ), uma “Fábrica de Sonhos” que procura aproveitar todo o potencial dos adolescentes brasileiros para fazer o país crescer. Gustavo tem 16 anos e está no 3º ano do ensino médio. Morador do Capão Redondo, em São Paulo, ele estuda no tradicional Colégio Santo Américo com bolsa do programa Ismart (Instituto Social para Motivar, Apoiar e Reconhecer Talentos) em São Paulo.